
A Cinemateca Capitólio será catalisadora de acervos e tecnologias de preservação, recuperação, pesquisa e reconhecimento do patrimônio audiovisual gaúcho e brasileiro. Por trás do projeto encontra-se a Fundação Cinema do Rio Grande do Sul - Fundacine.
Nesta entrevista do Jornal do Centro, o vice-presidente da fundação, João Guilherme Barone, mostra otimismo em relação à breve inauguração do local.

Barone - O projeto encontra-se na fase intermediária, que é assim: a obra está toda pronta, ou seja o prédio está restaurado, foi feita toda a recuperação e adaptação para funcionar como uma cinemateca. Está tudo lá: sala de projeção nova com formato stadium; duas salas pequenas de exibição digital; uma parte para a Biblioteca; centro de convivência; café; e a área que é reservada para a cinemateca, que exige uma complexidade bem maior do que fazer um cinema. É uma área que exige isolamento por causa da contaminação. Você vai trabalhar restaurando filmes antigos, você tem que estar com tudo dentro de um padrão internacional de cinemateca. Tudo isso já foi feito. Foram cerca de R$ 4,5 milhões investidos pelo patrocínio da Petrobrás e agora falta o que chamamos de recheio do prédio, para fazer o prédio funcionar com a atividade que lhe foi proposto, que é uma cinemateca e um centro de difusão audiovisual. Estamos nas tratativas com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a liberação de um valor em torno de R$ 1,5 milhão para colocar o sistema de refrigeração, fazer toda a instalação elétrica necessária pra esse tipo de atividade, colocar o equipamento nas salas de cinema, como poltrona, telas, projetores, sistemas de som, equipar as salas digitais, computadores...é o que falta para colocar o Capitólio como uma cinemateca.

Barone - A gente não pode falar em data. Seria muito irresponsável da nossa parte falar em data. É algo que viemos trabalhando durante estes anos todos e não é algo para amanhã. A gente sabe que é um procedimento muito rigoroso. Falar que este ano pode estar pronto? Pode, depende só de como o BNDES vai programar o repasse das verbas e também tem o fato de que tu não podes ir ali na esquina comprar um sistema de ar-condicionado para uma cinemateca. Tem que ser modelado, fabricado e implantado. Uma hipótese: este dinheiro sendo liberado até julho, é muito provável que no período de um ano tenhamos a condição de começar a funcionar com o prédio totalmente ativado.
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