quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CULTURA: Pois é, Vizinha... em Porto Alegre

O espetáculo Pois é, Vizinha... encerra a turnê que passou por sete cidades em Porto Alegre, dia 16 de dezembro, às 20h30 no Teatro do SESC. Há 18 anos em cartaz, a adaptação de Deborah Finocchiaro para o texto “Una Donna Sola”, de Franca Rame e Dario Fo (Prêmio Nobel de literatura 1997), já foi assistida por mais de 200 mil pessoas e vem conquistando platéias de todas as idades de Norte a Sul do Brasil. Esteve na Argentina e participou de reconhecidos festivais e projetos, entre eles o Lâmpada Mágica AES Sul, Palco Giratório SESC e todas as edições da Mostra Porto Verão Alegre. Foram 567 apresentações em 18 anos de estrada. Pois é, Vizinha... tem ainda o mérito de ter sido o primeiro espetáculo gaúcho a virar curta-metragem na primeira edição do “Histórias Curtas” da RBS TV, em 2001. E é por todo esse sucesso que a Sulgás e o Ministério da Cultura entraram como patrocinadores desta nova turnê, que está percorrendo oito cidades gaúchas passando por Santa Maria, Passo Fundo, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Canoas, Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, com ingressos a preços populares (locais, datas e horários no cronograma abaixo). Veja imagens do espetáculo no link http://bit.ly/sZqwBQ.Pois é, Vizinha... conta a história de Maria, uma dona-de-casa trancafiada em casa pelo marido “gauchão” que é obrigada a suportar o cunhado semi-paralítico e tarado, o “voyeur” do prédio vizinho, o tarado do telefone e o apaixonado rapaz que é professor de inglês. Um dia se depara com uma vizinha do prédio em frente e desabafa. Aos poucos, o simples cotidiano revela-se patético.A linguagem cômica é utilizada como ponte para retratar, com muita atualidade, as situações trágicas e recorrentes do nosso cotidiano como a violência doméstica contra a mulher; a hipocrisia que permeia tantos casamentos; o prazer ou desprazer sexual feminino; a fragilidade dos valores calcados nos bens materiais; a dependência no “outro”; o difícil exercício da liberdade; além do questionamento dos valores consumistas impostos pela mídia em geral.Em todas as apresentações haverá tradução simultânea do espetáculo para LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) e acompanhamento a deficientes visuais ou com mobilidade reduzida aos respectivos assentos. Ao final de cada apresentação no interior do Estado, serão feitos debates sobre violência doméstica com a participação da equipe e de um profissional da área indicado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres de cada cidade.

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