quinta-feira, 7 de março de 2013

SAÚDE: De volta às aulas, médicos alertam para pais ficarem de olho no trânsito e transporte das crianças


Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul reforça a importância da conscientização dos pais

Com o ritmo de aulas voltando ao normal, a população deve redobrar a atenção para um fato que sempre é motivo de preocupação: acidentes de trânsito em frente às escolas ou envolvendo crianças dentro dos carros. Uma estatística alarmente mostra que no Brasil, 37% das mortes de crianças é motivada por causas externas, o jargão médico para acidentes como afogamento, intoxicação e quedas, entre outros, segundo números do SUS (Sistema Único de Saúde).

Entres esses causadores, o trânsito é o campeão, sendo responsável por 29%, seguido pelos afogamentos (18%). Em seguida vêm asfixia/sufocação (3%), queda (3%), exposição à fumaça/fogo (2%), choque elétrico (2%), envenenamento por animais e plantas (0,6%), envenenamento por substâncias nocivas (0,4%) e queimaduras (0,2%).

- As principais causas de qualquer tipo de acidente se relacionam a não ser tomada uma atitude consciente de prevenção, de se subestimar a possibilidade de acontecer o acidente, falta de informação, ausência de cultura de prevenção ou mesmo a cultura do "eu faço como eu acho, pois o filho é meu". Além disso existe falta de fiscalização e punição (especialmente, no que se refere ao acidente de trânsito) - afirma o vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Marcelo Pavese Porto.

Uma situação comum é o descuido com relação ao assento correto para o bebê ou criança ser transportado.

- Se eu escolho em não levar o meu filho no assento correto, adequado à idade, dele no carro, eu assumo o risco de acontecer um acidente. É a mesma situação de alguém que bebe antes de dirigir ou de alguém que não respeita as normas de trânsito - completa Marcelo.

Escolha o Assento correto para o carro

Crianças devem ser transportadas em assentos de segurança, adequados ao seu peso e tamanho, no banco traseiro, até terem 36Kg ou 1,47m. A cadeirinha de segurança reduz o risco de morte em acidentes em até 71%.

Utilize sempre uma cadeirinha adequada ao peso da criança.

Verifique se a cadeirinha tem o selo de certificação do INMETRO ou, se importadas, selo de certificação europeu ou americano.

DE O ATÉ 2 ANOS (ou até a criança ter a altura ou peso limite especificado pelo fabricante)

Nessa fase a cadeirinha é fixada no assento traseiro, voltada de frente para o banco (de costas para o movimento).

DE 2 A 5 ou 6 ANOS (20Kg - limite especificado pelo fabricante)

Continua no assento traseiro. Tiras fixadas acima dos ombros e com 1 dedo de folga.

DE 5 ou 6 ANOS ATÉ 10 - 11 ANOS (1,47m)

Assento de elevação (ou "booster"). Serve para fazer com que o cinto de três pontos passe nos locais corretos do corpo da criança (centro do ombro, peito e quadris).

Após ter no mínimo 1,45m, a criança deve ser conduzida no banco traseiro, presa com o cinto de três pontos. A criança deve conseguir apoiar as costas inteiras no encosto e dobrar os joelhos na borda do banco.

Redação: Marcelo Matusiak
Coordenação: Marcelo Matusiak

* Ilustrações feitas por Vit Núñez e retiradas do livro "Opa! Cuidado aí! Guia de orientação para pais sobre prevenção de acidentes na infância" do Dr. Marcelo P. Porto. +

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.

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