segunda-feira, 11 de março de 2013

SAÚDE: Estilo de vida saudável da mãe ameniza eventuais prejuízos de opção de casais por gravidez tardia


A decisão de ter filhos mais tarde se tornou comum em virtude do modelo da sociedade moderna

Com participação cada vez mais forte e presente no mercado de trabalho, as mulheres passaram a focar na carreira cada vez mais cedo e a gravidez, que antes era prioridade, vem sendo postergada para mais tarde. O fenômeno vem ocorrendo nos últimos anos e a média da idade da mãe acaba sendo mais elevada. Porém essa característica não deve ser motivo de preocupação. O médico e diretor financeiro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Sul, Breno José Acauã, ressalta que é fundamental uma vida saudável por parte dos pais.

- As consequências vão depender do estilo de vida da mãe. Se ela tem um ritmo de vida saudável, é provável que os efeitos de ser mãe mais tarde serão bastante reduzidos, não sendo nada preocupante - explica.

O principal motivo para esse fenômeno é o estabelecimento de um novo padrão na sociedade moderna, na qual a mulher passou a se equivaler no trabalho ao homem. Com o ingresso maior no mercado de trabalho, os casais planejam e postergam a maternidade.

- A escolha de ter o bebê um pouco mais tarde pode significar uma mãe com uma maturidade maior, o que é positivo. Significa que o casal vai aproveitar mais. Por outro lado, pode acontecer dela ter uma disponibilidade de capacidade física menor do que uma mãe mais jovem - completa o médico.

Uma nomenclatura histórica classificava como "mãe idosa" mulheres que ficam grávidas acima de 35 anos. Apesar disso, o termo vem caindo em desuso. Porém o alerta importante é que as mães mais velhas, possuem maior risco para anomalias cromossômicas como Síndrome de Down.

- Cada ano que passa aumenta, sim, o risco de hipertensão na gravidez, diabetes e suas consequências. A mal formação cromossômica é a preocupação mais comum em relação ao tema - explica o médico.

Não existe um período considerado o ideal para ser mãe, e sim vai variar conforme o perfil. Por isso é fundamental que a mulher consulte frequentemente o médico consultando-o sobre o assunto.

Redação: Marcelo Matusiak
Coordenação: Marcelo Matusiak

Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul 

A Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Sul (Sogirgs), em atividade há mais de 60 anos, tem como objetivo representar os especialistas nesta área médica, promover sua qualificação e constante atualização com os estudos deste campo de atuação. Para isso, promove, periodicamente, cursos na capital e no interior do Estado. Sua tradicional programação científica reúne profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente para palestras, debates, seminários, jornadas e conferências.

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