terça-feira, 30 de abril de 2013

SAÚDE: Móbiles nos berços auxiliam no processo do desenvolvimento do raciocínio na primeira infância



De acordo com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, brinquedos auxiliam no processo cognitivo, mas não são imprescindíveis

Apesar de parecerem apenas mais um brinquedinho, os móbiles nos berços podem auxiliar a criança no processo do desenvolvimento do aprendizado. De acordo com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), os adereços não são imprescindíveis, uma vez que a interação com uma pessoa também desenvolve estes sentidos, mas certamente auxiliam no raciocínio dos pequenos.

- Os móbiles auxiliam na cognição, muito mais pela funcionalidade de seus movimentos em relação à ação da criança, ativa e participativa do processo, do que pelo objeto em si. Estes adereços não podem ter a atribuição de substituir as interações pessoais, entre o cuidador e o bebê - explica o coordenador do Comitê Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da SPRS, Renato Coelho.

É quando o bebê está sozinho no berço, em sua fase de vigília, atento e tranquilo, que os móbiles auxiliam no estímulo dos órgãos sensoriais da criança. Este primeiro contato se inicia pelo apelo visual, forma, cor e como os brinquedinhos se movimentam, primeiramente através dos impulsos do vento e logo mais, por ação direta das mãozinhas. Então, o pequeno explorador percebe que sua ação motora incide em alterações nos giros do móbile, e isso lhe causa prazer, então ele repete. Este é o processo de cognição, que através deste ato foi exemplificado por Jean Piaget, um epistemólogo suíço que dedicou sua obra a decifrar como montamos e adquirimos o conhecimento, desde a primeira infância.

Todavia, é necessária a atenção dos pais ao adquirir estes objetos. Em hipótese alguma, os responsáveis devem deixar a criança sozinha com objetos que possam soltar peças pequenas, pois o bebê pode se asfixiar ou degluti-las.

Redação: Rafael Dias Borges
Coordenação: Marcelo Matusiak

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.

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