quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CULTURA: Obras de restauro do cemitério de Philippson iniciam em fevereiro


A partir do dia 2/02, as equipes técnicas estarão no local para dar início ao processo de restauração que levará cerca de seis meses. O cemitério está localizado na fazenda de Philippson, em Itaara, região central do Estado.

Tombado pela Secretaria de Cultura do Estado como Patrimônio Cultural, o cemitério Israelita de Philippson será restaurado. Entre os dias 2 e 6 de fevereiro, a equipe do projeto de restauração do cemitério estará reunida com os profissionais que farão a execução da obra, transmitindo técnicas necessárias para que a restauração aconteça dentro dos critérios estabelecidos pelo patrimônio arquitetônico. O cronograma prevê a duração de até seis meses, considerando início e término de obras. "Este período poderá ser modificado, dependendo das condições climáticas, já que o cemitério está a céu aberto", alerta o presidente da Sociedade Beneficente Israelita de Santa Maria e coordenador do projeto, Sergio Klinow Carvalho.

O objetivo é preservar a memória da comunidade judaica no Brasil e no mundo, e a história da imigração no Estado e no País. "A colônia Philippson representa o berço da primeira imigração judaica organizada no país, em 1904 pela Jewish Colonization Association, oriundos da Bessarabia, (Polônia, Romênia e Ucrânia), hoje Moldávia . O cemitério é a testemunha material desse processo como bem arquitetônico permanente", destaca Sergio.

O projeto prevê a consolidação e restauração dos muros do cemitério; restauração e adequação do portal de entrada; remoção do piso; reintrodução de grama; instalação de novos passeios de pedras; drenagem do terreno; restauração, consolidação e limpeza dos túmulos; e instalação de bancada com mapeamento dos túmulos. As ornamentações existentes nos túmulos também serão restauradas.

A iniciativa é da SBISM (Soc. Beneficente Israelita de Santa Maria), com o apoio do IPHAE-RS (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado), da FIRS (Federação Israelita do RS) da Sra. Alegria Steinbruch (proprietária da Fazenda Philippson, onde se localiza o cemitério), do Instituo Cultural Judaico Marc Chagall de Porto Alegre, das prefeituras de Santa Maria e Itaara, e gestão cultural e administrativa da Lahtu Sensu Administraçao Cultural. O projeto paisagístico de consolidação dos muros e portal é da arq. Berenice Pinto da Costa - Parnaso Arquitetura, o projeto de restauração dos túmulos da Ms. Gessônia Carrasco - Arco.it. A empresa que executará as obras é a BK Engenharia de Santa Maria. Os recursos que viabilizam o projeto foram captados pela SBISM junto a comunidade judaica no Brasil e exterior e de uma família em especial, que mantém suas origens brasileiras em Philippson. "Manter acesa sua história e preservar a memória daqueles que nos antecederam será um dos maiores benefícios dessa obra. Também ganham o Estado e o País, já que a constituição sócio-cultural do séc.XX está também ligada a este monumento", avalia Sergio.

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