Carlos Drummond de Andrade é o autor homenageado na oitava edição da série Dicionários, lançada pelo Grupo Zaffari. Sob o título Carlos Drummond de Andrade, a dimensão lírica do cotidiano, o livro apresenta 1130 verbetes, retirados da obra do autor e organizados em ordem alfabética que apresentam a visão do escritor sobre diversos aspectos da vida humana. O livro também reúne fotos de Drummond que retratam diferentes momentos de sua vida, e passagens de cartas enviadas a amigos.
A concepção, o projeto e a edição de Carlos Drummond de Andrade, a dimensão lírica do cotidiano são de responsabilidade de Luiz Coronel, patrono da última edição da Feira do Livro de Porto Alegre. O conteúdo da publicação é resultado da pesquisa de uma equipe de doutores, mestres e convidados especiais, e contou com a coordenação de Janaína de Azevedo Baladão. Com a supervisão geral do Departamento de Marketing do Grupo Zaffari, o livro conta ainda com projeto gráfico e direção de arte de Simone M. Pontes, da TAB Marketing Editorial.
A obra está sendo enviada a bibliotecas públicas, universidades, instituições culturais, jornalistas e autoridades do Estado. O público poderá adquirir o livro na Rede Zaffari Bourbon.
Outros homenageados da série Dicionários
A série Dicionários é composta pelos títulos Erico Verissimo, 100 anos, o tempo e o vento a passar (2004); Mario Quintana, 100 anos, a quinta essência de Quintana (2005); João Guimarães Rosa, uma odisséia brasileira (2006); Machado de Assis, ontem, hoje e sempre (2007); Gabriel García Márquez, a magia literária da América (2008); William Shakespeare, as múltiplas faces de um gênio (2010); e Fernando Pessoa, um poeta predestinado (2011). Os lançamentos dos Dicionários Machado de Assis e Guimarães Rosa ocorreram na Academia Brasileira de Letras, tendo este último integrado as celebrações em homenagem ao escritor mineiro, no Senado da República.
Sobre o autor
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro, em Minas Gerais, no ano de 1902. Conhecido como um escritor universal e profundo, Drummond é aclamado por alguns críticos como o maior poeta brasileiro. Em seus poemas, contos, crônicas, cartas, traduções, anotações, desenhos e gravações, o autor abordou temas contemporâneos, com a característica do predomínio da linguagem coloquial e do verso livre. Entre os seus poemas mais conhecidos, estão “E agora, José?” e “Tinha uma pedra”. O autor faleceu aos 84 anos, em 1987.
Alguns verbetes:
Admiração
Às vezes sou tentado a me admirar, e isto me causa a maior admiração.
O avesso das coisas, p. 7
Brasil
O Brasil é um país novo que se imagina velho, e um país velho que se supõe novo.
O avesso das coisas, p. 30
Ganhar a vida
Não é possível ganhar a vida perdendo-a pelo trabalho excessivo.
Cyro & Drummond, Rio de Janeiro, 11 de junho de 1954, p. 202
Olhos
Os olhos, os olhos é que são a paisagem. E mudam.
Caminhos de João Brandão, “Os olhos”, p. 121
Viver
Viver não é nada; continuar vivendo é que constitui um ato de bravura.
O avesso das coisas, p. 229
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