Está de volta aos palcos um dos grandes sucessos do teatro gaúcho: Cabarecht, de Humberto Vieira, com direção musical de Cida Moreira, estreou em 2009 na galeria La Photo e no ano passado cumpriu uma temporada no Foyer Nobre do Theatro São Pedro e ainda celebrou o encerramento do 17º Porto Alegre e entrega do 5º Prêmio Braskem com uma apresentação de encantar o público. Agora, o musical está de volta ao Foyer do Theatro São Pedro, de 15 a 24 de março, nas terças, quartas e quintas, às 20h. Durante o espetáculo, o Foyer estará com o serviço de bar funcionando, com um menu criado especialmente para as apresentações. O espetáculo será apresentado às 20h, mas o cabaré abre às 18h para receber o público no clima. A montagem, baseada na obra de Bertolt Brecht, revisita os cabarés alemães nas primeiras décadas do século XX, pontos de encontros de artistas e intelectuais politizados que apresentavam seus trabalhos. O público era formado por artistas, mas também por uma platéia burguesa e curiosa, muitas vezes satirizada por eles nas encenações. O espetáculo resgata o decadente glamour da época e coloca em cena a hipocrisia das classes dominantes. A direção musical de Cida Moreira vai de encontro ao que Brecht costumava fazer em seus espetáculos: pontuar com música suas óperas e peças, propondo ora entretenimento, ora estranhamento. Kurt Weill e Hans Eisler, e letristas como o próprio Brecht, Ira Gershwin, Maxwell Anderson e Roger Frenay, estão presentes em versões de Antonio Carlos Brunet, Sílvia Vergueiro e Luiz Roberto Galízia. No elenco figuram grandes artistas do teatro brasileiro: Cida Mor
eira, Zé Adão Barbosa, Sandra Dani e Antônio Carlos Brunet. A iluminação é de Cláudia de Bem. Bertolt Brecht foi, sem dúvida, um dos mais importantes dramaturgos do século XX. Um homem de teatro, que revolucionou a dramaturgia moderna, artista lúcido e sensível às contradições de seu tempo, e, sobretudo, um intelectual politicamente engajado. Sua existência e sua obra situam-se num contexto histórico marcado por efervescentes mudanças políticas, sociais e artísticas, que ele soube muito bem traduzir para o palco, mesclando, com maestria, arte e política, evidenciando uma preocupação com o verdadeiro diálogo entre palco e platéia. Personalidade crítica, inquieta, aberta ao diálogo, capaz de como poucos -, reformular suas próprias idéias até o fim da vida e, talvez o mais importante: uma figura para quem o humor é absolutamente necessário seja quais forem as circunstâncias. Um teatro em que não se pode rir dizia é um teatro do qual se deve rir. As pessoas sem senso de humor são ridículas. O diretor Humberto Vieira afirma que a qualidade e a importância da obra brechtiana já justificaria um projeto como esse, mas, pode-se agregar a elas, o fato deste autor ter sido pouco montado nos palcos gaúchos. Data de 1998 a montagem de Noite Brecht, pelo Teatro Vivo, um recital de canções de Brecht & Weill, que é a última montagem profissional de uma obra do autor ou nele inspirada, no Estado. Também se soma a isto, o fato de eu ter pesquisado em minha dissertação de Mestrado, as montagens da obra do autor realizadas pela diretora Irene Brietzke, em Porto Alegre, junto ao Teatro Vivo.
Ficha técnica
eira, Zé Adão Barbosa, Sandra Dani e Antônio Carlos Brunet. A iluminação é de Cláudia de Bem. Bertolt Brecht foi, sem dúvida, um dos mais importantes dramaturgos do século XX. Um homem de teatro, que revolucionou a dramaturgia moderna, artista lúcido e sensível às contradições de seu tempo, e, sobretudo, um intelectual politicamente engajado. Sua existência e sua obra situam-se num contexto histórico marcado por efervescentes mudanças políticas, sociais e artísticas, que ele soube muito bem traduzir para o palco, mesclando, com maestria, arte e política, evidenciando uma preocupação com o verdadeiro diálogo entre palco e platéia. Personalidade crítica, inquieta, aberta ao diálogo, capaz de como poucos -, reformular suas próprias idéias até o fim da vida e, talvez o mais importante: uma figura para quem o humor é absolutamente necessário seja quais forem as circunstâncias. Um teatro em que não se pode rir dizia é um teatro do qual se deve rir. As pessoas sem senso de humor são ridículas. O diretor Humberto Vieira afirma que a qualidade e a importância da obra brechtiana já justificaria um projeto como esse, mas, pode-se agregar a elas, o fato deste autor ter sido pouco montado nos palcos gaúchos. Data de 1998 a montagem de Noite Brecht, pelo Teatro Vivo, um recital de canções de Brecht & Weill, que é a última montagem profissional de uma obra do autor ou nele inspirada, no Estado. Também se soma a isto, o fato de eu ter pesquisado em minha dissertação de Mestrado, as montagens da obra do autor realizadas pela diretora Irene Brietzke, em Porto Alegre, junto ao Teatro Vivo.Direção e roteiro: Humberto Vieira
Direção musical: Cida Moreira
Elenco: Cida Moreira, Sandra Dani, Antônio Carlos Brunet, Zé Adão Barbosa
Iluminação: Claudia De Bem
Programação visual: Humberto Vieira
Cabarecht - De 15 a 24 de março (terças, quartas e quintas) às 20h. Foyer Nobre do Theatro São Pedro - Praça Marechal Deodoro, s/n. Centro - Porto Alegre
Mais informações: 3227.5100
Ingressos: R$ 40 reais com 50% de desconto para associados do Theatro São Pedro, idosos, estudantes e classe artística. A venda na bilheteria do Theatro São Pedro.
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