quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MERCADO: Quer trocar de emprego, esteja empregado

Independente da profissão existe uma motivação, que está diretamente vinculada às organizações.

A percepção que o profissional tem sobre a organização e o que isso agrega como crescimento técnico, gerencial e hierárquico é fundamental para sua sobrevivência na empresa. E a remuneração também conta como um fator determinante. Se a empresa não corresponder a maior parte das expectativas do profissional, ele perderá a motivação e vai querer trocar de emprego. É fato.

No entanto, há uma dica fundamental: não peça demissão, sem antes ter uma chance em vista. A crença é que as empresas acreditam que os bons profissionais já estão empregados. “A RSA é contratada para achar um profissional que queira trocar de empresa, e que já esteja atuando no mercado de trabalho”, explica o diretor da RSA Talentos Executivos, Rubem Souza. “Entre cinco candidatos que colocamos em seleção, apenas um não está empregado”, continua o headhunter.

Gaúcha com atuação nacional, a RSA busca no mercado posições executivas que vão desde coordenadores e supervisores até diretores e presidentes e, segundo a empresa, as organizações se sentem seguras em contratar quem já está atuando no mercado. “Há dúvidas, perguntas e críticas aos que não estão trabalhando”, explica Souza. “Quando a pessoa empregada se candidata a uma vaga, vai para avaliar outro projeto. Assim, preserva-se o poder de crítica e barganha. E a remuneração será x + 1, e não x-1”. “Infelizmente, não se remunera mais por quem não possui emprego”.

Um exemplo dessa dança das cadeiras corporativas é o da Cristina Souza, de 45 anos, Gerente Comercial de uma multinacional da área de seguros, que não aceitou a proposta de outra organização por estar satisfeita com a atual. “Embora a nova proposta fosse financeiramente muito atraente, recusei por me sentir desafiada onde estou, bem como, por sua expressão no mercado nacional e mundial.  Além disso, me sinto plenamente engajada e satisfeita com a política de remuneração e benefícios da minha empresa”, avalia Cristina.

Já o gerente financeiro Ricardo de Albuquerque, de 40 anos, está insatisfeito na sua rotina profissional e, mesmo contratado, busca uma nova oportunidade no mercado. “Quero voltar a atuar em uma empresa de porte maior, busco desenvolvimento profissional e me consolidar nesse momento em um cargo de gerência, pois entendo ser importante para minha carreira”, avalia.

Enquanto isso há aqueles que lutam por uma cadeira. É o caso do administrador de 32 anos, Rubem Faggiano. Sem emprego há pouco mais de duas semanas, já percebe que o mercado está exigente na contratação dos profissionais em relação ao perfil técnico e comportamental. "Percebo que tem anúncios, mas que não há entrevistas. A tolerância para a contratação de um funcionário era muito maior, havia flexibilidade. Agora as empresas procuram o perfil exato para a vaga, que se encaixe perfeitamente para aquilo que estão buscando", afirma Faggiano.

O que as empresas procuram

As organizações procuram um colaborador que tenha comprometimento, capacidade de iniciativa e que saiba solucionar problemas. Ainda: alto grau de capacidade de relacionamento, apaixonadas e identificadas pelo que fazem. “A técnica é essencial para qualquer tipo de operação, só não deve ser o primeiro item a ser avaliado, pois têm o mesmo peso”, difere o headhunter e Diretor da RSA Talentos Executivos, Rubem Souza.
O ideal é primeiro definir o perfil da pessoa, e depois o currículo. A matemática é simples: as pessoas são contratadas pela técnica e demitidas pelo comportamento. Isso ocorre em 100% dos casos.

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