quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ECONOMIA: Ter mais dinheiro não significa mais conhecimento sobre as finanças pessoais

Pesquisa do SPC Brasil aponta que oito em cada dez brasileiros não sabem como organizar seu dinheiro

Uma pesquisa detectou que oito em cada dez brasileiros não sabem como organizar suas finanças. O estudo ouviu 656 consumidores em todas as capitais brasileiras. Para a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, a falta de organização financeira não está relacionada com a quantidade de renda a ser administrada, mas sim com a falta de hábito.

- Hoje em dia existem muitos métodos para registrar as transações financeiras, como planilhas no computador ou aplicativos específicos, mas o tradicional caderno também é eficaz e pode ser organizado de forma simples, com anotações sobre os valores recebidos e gastos no mês - sugere o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

O estudo foi realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A quantidade de pessoas que organizam suas finanças não é diferente de acordo com o valor que recebem por mês. Entre as pessoas que têm renda domiciliar de até R$ 1.330,00, apenas 16% tem conhecimento pleno sobre as finanças, quase a mesma quantidade alcançada na população que ganha entre R$ 1.331,00 e R$ 3.140,00 (15%). O índice aumenta para 23% entre as pessoas que têm renda acima de R$ 3.141,00.

- Esses dados mostram que o fato de ter mais dinheiro não impacta tanto na hora de organizar os gastos. O que preocupa é que a falta de conhecimento sobre os valores ganhos e gastos pode gerar endividamento ou esquecimento na hora de pagar as contas - ressalta o presidente da FCDL-RS.

A preocupação é confirmada pela pesquisa, que mostra que o pagamento das contas é afetado pelo desconhecimento. Apenas 9% dos entrevistados que têm total conhecimento de suas despesas afirmaram estar com saldo negativo nas contas correntes. Entre os que têm conhecimento parcial, o índice sobe para 17%. O número de contas "no vermelho" entre os que não possuem qualquer conhecimento sobre as finanças pessoais aumenta para 31%.

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