terça-feira, 15 de abril de 2014

SAÚDE: Pediatras tranquilizam pais sobre o risco de reações adversas à vacina contra o HPV


Desde o lançamento da vacina em 2006, mais de 170 milhões de doses foram aplicadas no mundo, sem casos de reações adversas sérias

Aplicada pela primeira vez na saúde pública, a vacina contra o HPV apresentou reações adversas em algumas meninas. Porém, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul tranquiliza os pais quanto à segurança do medicamento. A entidade reforça que qualquer vacina ou medicamento contra o HPV pode apresentar eventos adversos. Entretanto, a grande maioria das pessoas não tem reação, ou apresenta pequenos sinais, como dor de cabeça e apenas inchaço no local.

- São raros os eventos adversos e os graves são raríssimos. Em geral, essas reações ocorrem com relação temporal com a aplicação da vacina e não por causa da vacina. Todos os estudos realizados até o momento, assim como a vigilância dos países que já utilizam a vacina, mostram que é segura. Nos Estados Unidos, por exemplo, já foram aplicadas mais de 57 milhões de doses - esclarece o membro do Comitê de Infectologia e do Comitê de Cuidados Primário da Sociedade de Pediatria do RS, Juarez Cunha.

De acordo com o pediatra, um evento adverso comum nesta faixa etária é a síncope, relacionada com qualquer tipo de procedimento que utilize agulha como coleta de exames e aplicação de qualquer medicação injetável. Síncope é uma reação vagal que se apresenta com palidez, sudorese, queda da pressão arterial e até desmaios. Por esse motivo é preconizado que a coleta de sangue e injeções sejam realizados com a pessoa deitada e fique em observação por 15 minutos. Para monitorar as reações que possam acontecer, é importante que os pais observem os sintomas e entrem em contato com a Secretaria da Saúde.

- É muito importante que qualquer evento adverso seja notificado à Secretaria de Saúde, mesmo os leves. Qualquer sintoma mais importante que os relatados anteriormente e surja após a aplicação da vacina deve ser avaliado por profissional capacitado - destaca Juarez Cunha.

A Organização Mundial da Saúde assegurou, novamente, sua confiança no perfil de segurança das vacinas contra o HPV. A entidade lembra que, desde o lançamento da vacina em 2006, mais de 170 milhões de doses foram aplicadas no mundo. Diversos estudos, que monitoraram durante anos centenas de milhares de pessoas vacinadas na Austrália, Europa e América do Norte, excluíram a ocorrência de eventos adversos graves ou permanentes.

Com a introdução da vacina contra o HPV no Brasil, pouco mais de 80% das adolescentes das Américas terão acesso à vacina que protege contra dois tipos do virus papilomavírus humano, causador de 70% dos casos de câncer de colo do útero, segunda causa de morte por câncer entre as mulheres da América Latina e do Caribe.

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