quinta-feira, 28 de maio de 2015

MÚSICA: Pepsi on Stage apresenta Seu Jorge



Popular, dançante e animado. São essas características que melhor definem o novo álbum de Seu Jorge, “Músicas para Churrasco – Volume II”, que será lançado no palco do Pepsi on Stage, no dia 30 de maio. O cantor carioca, que conquistou o Grammy Latino 2012 na categoria pop contemporâneo com “Músicas para Churrasco – Volume I”, vai retornar a Porto Alegre para mostrar ao vivo que o seu samba rock, cheio de MPB, soul e funk, continua alegre, divertido e merecedor de novos troféus. Além dos clássicos “Pessoal Particular”, “Carolina”, “São Gonça”, “Mina do Condomínio” e “Burguesinha”, Seu Jorge incluirá no repertório muitas das suas faixas novas, como o single “Motoboy”, que já é sucesso em todas as rádios do Brasil. No palco, o compositor será acompanhado por sua banda completa, composta por doze músicos, que inclui Fernando Vidal (guitarra, Pretinho da Serrinha (cavaco e percussão), DJ Cia e outros. O gaúcho Eduardo Pitta, que por anos esteve à frente do grupo de samba Se Ativa, irá aquecer o público com o espetáculo “Pra Relaxar”, num clima intimista, romântico e com as suas grandes composições em formato desplugado e cheio de suingue, como “Questão de Identidade” e “Gabriela”.

SEU JORGE (POR CAETANO VELOSO)

Este volume dois de “Músicas para Churrasco” é uma festa na carreira de Seu Jorge. Desde o Farofa Carioca, sobretudo com a genial “São Gonça”, Seu Jorge é um nobre da nossa música popular. Com uma voz grave mas de longo alcance, uma musicalidade intuitiva e uma figura bonita, ele vem fascinando ouvintes simples e sofisticados, brasileiros e estrangeiros, gente da música, das artes e do cinema.

“Músicas para Churrasco - Volume II” celebra o sucesso do “Volume I”. E, em muitos aspectos, o supera. Seu estilo – que vai do Piscinão de Ramos ao MoMA de Nova York, das ruas do Rio aos recintos refinados de Paris – aqui aparece tratado como deve. O grande engenheiro de som e produtor Mario Caldato soube captar com brilho e limpidez a banda grande e que parece estar tocando ao vivo num estúdio. Resulta uma sonoridade contemporânea que tem, ao mesmo tempo, um sabor de turma tocando como se fosse apenas para se divertir.

Bem, acho que em grande parte foi isso mesmo o que aconteceu no estúdio paulistano em que o CD foi gravado. E Seu Jorge, junto com seus parceiros de quase sempre, não quis desperdiçar a oportunidade: cada canção é uma crônica sobre tema atual, em alta definição, mas sem mão pesada. A bipolaridade, a mania de autofotografar-se, o motoboy, cada tema emblemático de nossa época é tratado com espontaneidade e inspiração. Excitam o ouvinte a priori, pelo mero apresentar do assunto, mas o conquistam pela graça dos versos e das melodias, pelo suingue das levadas e pelo jeito de cantar.

Dos Paralamas do Sucesso aos Racionais MCs, dos tropicalistas aos da Lyra Paulistana, da axé music ao funk, todo mundo no Brasil sofreu a influência de Jorge Ben (Jor). Seu Jorge, xará do Mestre, colou na corda dele desde sempre. Mas nunca foi uma imitação. Com outro timbre e outra personalidade, a presença das lições de liberdade de Benjor sempre foi, em Seu Jorge, uma permanente reverência, óbvia mas sóbria, discreta, ainda que superanimada

Gostoso, doce, suingado e cheio de humor, sem perder o banzo negro que está em tudo o que ele faz. Mas em faixas como “Tá em tempo” ou “Baby Doll” a voz surge suave e enevoada, e, talvez porque esteja muito límpida (com mais veludo do que grão), a princípio difícil de reconhecer. É uma voz que se parece mais com a pele de Seu Jorge do que com a voz que ele apresenta em outros discos. Ou em “Papo reto”, onde o registro agudo do que o de costume, também surpreende. Temos um Seu Jorge de luxo ao longo de todo o disco.

A banda brilha o tempo todo. Com base juntinha, metais precisos e ricos (a entrada de “Motoboy”, quando eles surgem do ruído da motocicleta, é exemplo a se ressaltar), percussão tão negão-americano quanto carioca, é um ápice da história da música soul no Brasil. O grande churrasco nacional, nas lages, nos pátios, nos quintais desse país que só nos assusta com suas repetidas escorregadelas para o abismo escuro, é iluminado pela festa rítmica desse bando de músicos cheios de energia e amor. É essa energia que pode, um dia, nos salvar.

SEU JORGE

Abertura: Eduardo Pitta
Onde: Pepsi on Stage (Avenida Severo Dullius, 1995)
Quando: 30 de maio, sábado, às 22h30
Cronograma:
20h30 – abertura da casa
21h30 – Eduardo Pitta
22h30 – Seu Jorge
Classificação: 16 anos

Ingressos:
Pista Premium – 1º lote: R$ 95
Pista Premium – 2º lote: R$ 120
Pista Premium – 3º lote: R$ 140
Pista – 1º lote: R$ 65 [ESGOTADO]
Pista – 2º lote: R$ 75
Pista – 3º lote: R$ 90
Mezanino – 1º lote: R$ 85 [ESGOTADO]
Mezanino – 2º lote: R$ 95
Pontos de venda:
Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência):
Youcom Bourbon Wallig
Demais pontos de venda (sujeito à cobrança de R$ 3 de taxa de conveniência):
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Multisom Andradas 1001, Canoas Shopping, Bourbon Novo Hamburgo e Bourbon São Leopoldo
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Informações:
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